OBRIGADO PELA VISITA, ESPERO TER SIDO ÚTIL

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

DTMs

 Articulação Temporomandibular é o nome dado ao conjunto das articulações e
músculos responsáveis pelos movimentos mandibulares, incluindo aí a fala e a
mastigação.
Em uma ATM saudável, os côndilos, quando da abertura e fechamento da boca
executam todos os movimentos sem nenhuma intercorrência negativa,
permitindo a mandíbula os movimentos tanto no plano sagital, horizontal ou
frontal.
Em casos de mordida cruzada, mordida aberta tanto anterior quanto posterior,
falta de elementos dentais, contatos prematuros ou vícios de mastigação
(mastigação em um dos lados da boca) os discos articulares e o próprio côndilo
podem sofrer desgastes, a sobrecarga causa fatiga muscular, causando dores
e disfunções na articulação temporomandibular, a famosa ATM.
As DTMs são entendidas como alterações que afetam a ATM, limitando a
abertura bucal e demais movimentos da mandíbula, estando entre as mais
comuns dores orofaciais.
Podem desenvolver-se a partir de hábitos como onicofagia ou bruxismo,
estresse, postura corporal inadequada, morder tampa de caneta (forçando a
musculatura), mastigação unilateral e outros.
Os pacientes que apresentam disfunções da ATM, relatam dores de cabeça, de
garganta, de ouvido, orbital ou periorbital unilateral.
Idosos
As causas de disfunções Temporomandibulares em idosos são diversas. O
envelhecimento natural já pode ocasionar modificações devido a diminuição do
tônus muscular. Doenças como artrite ou artrose podem ocasionar dificuldade
nos movimentos de abertura e fechamento bucal ou movimentos de
lateralidade.
Provavelmente a causa maior das DTMs em idosos, seja devido a perda
dental. É muito grande o número de idosos desdentados, e sabemos que a
falta dos elementos dentais contribuem para a diminuição da estrutura óssea
devido a perca de funcionalidade.
Existem inúmeros sinais e sintomas que indicam que um paciente está
sofrendo com uma disfunção temporomandibular. Veremos alguns:
Dor e sensibilidade no rosto, ombros, pescoço, ao redor da orelha, ao abrir
e fechar e a boca e no local onde se situa a articulação;
Dores de cabeça frequentes (semelhantes a enxaquecas), dores de ouvido,
pressão atrás dos olhos, na coluna e no trapézio.
Estalidos e sensação de “desencaixe da mandíbula” ao fechar e abrir a
boca;
Zumbidos nos ouvidos;
Dificuldades para falar ou mastigar;
Sensação de cansaço na face;
Dor ao abrir muito a boca ou ao bocejar;
Flacidez dos músculos da mandíbula.
Tonturas (sintomas possíveis de labirintite)
 Jovens
Existem algumas diferenças entre a manifestação da DTM em pacientes
adultos e jovens. Provavelmente devido as estruturas mastigatórias de um
jovem possuírem padrões de crescimento e desenvolvimento diferentes.
Maloclusões, sejam elas mordida aberta, cruzada, trespasso vertical ou
horizontal excessivo, perda dental ou problemas psicossociais como estresse e
ansiedade, podem levar uma pessoa jovem a desenvolver quadros de DTMs.
Cefaleia tipo Tensão é um sintoma doloroso prevalente entre adolescentes com
DTM. Os tratamentos mais comuns em jovens com DTM são terapia com
aparelhos oclusais, sessões de relaxamento e informações.
Conclusão
as DTMs podem ser chamadas de democráticas, uma vez que alcança a todos
independente de ser jovem ou idoso, homem ou mulher.
Se por um lado, a prevalência é maior entre os mais jovens, muitos idosos
sofrem com transtornos causado pela presença de DTM.
A prevenção e informação, continuam sendo a melhor maneira de se lidar com
problemas de DTM.
Referências Bibliograficas
SIQUEIRA, J.T.T.; TEIXEIRA, M.J. Dor Orofacial, Diagnóstico, Terapêutica e
Qualidade de Vida. Editora Maio: Curitiba, 673p. 2001
TOSATO, J.P & CARIA, P.H.F, PREVALÊNCIA DE DTM EM DIFERENTES
FAIXAS ETÁRIAS, RGO, Porto Alegre, v. 54, n.3, p. 211-224, jul./set. 2006
GOMES, R.S.S & MARCHINI, L.,DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR EM
ADOLESCENTES - REVISÂO DE LITERATURA , XII Encontro Latino
Americano de Iniciação Científica e VIII Encontro Latino Americano de PósGraduação
– Universidade do Vale do Paraíba. Disponível
em:02_A.pdf.
SANTOS, E.D.B. & COMBA, L.S., PREVALÊNCIA DE SINAIS E SINTOMAS
NA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR EM IDOSOS E ADULTOS
JOVENS: UMA ANÁLISE COMPARATIVA, CENTRO UNIVERSITÁRIO DE
BRASÍLIA – UniCEUB FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE
– FACES, CURSO DE FISIOTERAPIA, TRABALHO DE CONCLUSÃO DE
CURSO

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

CÁRIES RADICULARES


CÁRIES RADICULARES

O ser humano vem adquirindo, uma longevidade cada vez maior: menores índices de mortalidade e de fecundidade contribuem para que a porcentagem de idosos cresça mais velozmente do que qualquer outra faixa etária.
Na Odontologia, a evolução das medidas curativas a também das preventivas, ofereceram um maior número de idosos com maior quantidade de dentes naturais e, consequentemente, a um maior número de dentes passíveis de ser carie, a manutenção de elementos da dentição natural na boca nesta idade pode ser um indício de uma boa qualidade de saúde oral através da vida; no entanto, este bom comportamento de higiene pode ser alterado, por exemplo, devido a um declínio da cognição, da habilidade funcional e outros efeitos da idade relacionados com enfermidades.
É necessário saber, das condições da saúde geral e do aspecto fisiológico de um paciente idoso, visto que podem interferir no planejamento e na terapia odontológica dos idosos, cabendo ao cirurgião-dentista adotar uma terapêutica da cárie de raiz baseada na interdisciplinaridade com outras áreas de saúde, no sentido de otimizar o prognóstico e conferir uma maior qualidade de vida à terceira idade.
O idoso institucionalizado, em sua maioria, possui altos índices de placa e doenças dentais associadas, e que medidas preventivas geralmente não são realizadas satisfatoriamente pelos cuidadores, facilitando a instalação da cárie de raiz. 

Dieta
que a predileção do idoso por alimentos fáceis de mastigar e de dúbio valor nutricional é grande responsável pelo desenvolvimento das lesões de cárie radicular; o hábito que o idoso possui de chupar balas, na tentativa de aliviar o desconforto proporcionado pela sensação de boca seca causada pela hiposalivação, comum nesta faixa etária.
O consumo de carboidratos complexos e fibras é preciso nesta fase da vida, em detrimento do uso do açúcar refinado; além disso, à medida que a idade avança, nosso organismo fica menos tolerante à glicose.  No que se refere à saúde bucal e à prevenção da cárie, devemos lembrar que muitos idosos têm habilidade manual diminuída, devido a problemas vários, como artrose e doença de Parkinson.

Abfrações
A presença de sobrecarga oclusal sobre um dente pode induzir à perda paulatina de esmalte, cemento e dentina por enfraquecimento e desestruturação desses tecidos, formando a abfração, sorte de lesão cervical não cariosa.
A perda dos tecidos duros por etiologia não-cariosa, mesmo não sendo a razão direta da lesão de cárie radicular, aumentam a proximidade da polpa com o meio bucal; e intercorrências que dificultem a higienização local, como hospitalizações, comuns na idade avançada, podem tornar eventuais lesões de cárie radicular ainda mais prejudiciais aos dentes

Hiposalivação
As funções lubrificante, digestiva e protetora da saliva são primordiais para a manutenção da saúde bucal.  No que concerne à cárie de raiz, seu poder remineralizador dos tecidos duros e diluidor de açúcares além do efeito tampão, são fundamentais componentes para a manutenção da saúde dos dentes e da mucosa.
Tratamento
As lesões de cárie radicular são usualmente amplas, porém não profundas, e com a tendência de contornar a raiz, dificultando a terapêutica restauradora.  Portanto, a melhor terapêutica está baseada nas medidas preventivas.

Devemos levar em conta a dificuldade do tratamento de cáries radiculares devido à localização das lesões e ao número de superfícies envolvidas; o ideal é preveni-las, mas quando da ocorrência de franca cavitação, o tratamento curativo torna-se necessário. 

CLASSIFICAÇÃO DAS CÁRIES RADICULARES
Grau 1 (lesões incipientes)- tratadas com polimento e aplicação de flúor
Grau 2 (lesões rasas, não cavitadas) igualmente tratadas ou sofreriam odontoplastia (recontorno anatômico) e polimento
Grau 3 (cavitadas). Restauradas com cimento de ionômero de vidro por suas propriedades anticariogênica e antibacteriana, a adesão ao dente, à coloração semelhante à do dente e boa estabilidade dimensional, devendo ser feito um preparo cavitário em forma de caixa quando do uso deste material, se possível.
 O IV é um material excelente, que causa mínima recorrência de lesões, e cogita a possibilidade dos fotopolimerizáveis permitirem um melhor manuseio e deter melhores propriedades, incluindo resistência à dissolução. 
 Quanto à resina composta, esta não tem sido recomendada para o tratamento das cáries radiculares;
Obviamente, a higiene oral apropriada continua sendo de alta eficácia na prevenção de cáries também na terceira idade.  Como frequentemente o paciente geriátrico apresenta alteração nos padrões de higiene, redução de habilidade manual, diminuição da capacidade cognitiva, desinteresse em cuidar da própria saúde por depressão, dentre outros fatores, que dificultam sobremaneira a higiene adequada e conseqüentemente a saúde oral, a intervenção interdisciplinar do cirurgião-dentista, cuidadores, e outros profissionais de saúde é imperiosa no sentido de evitar as cáries radiculares.


RESUMO
  • A cárie radicular é prevalente nos idosos, particularmente institucionalizados e hospitalizados;
  • A dieta baseada em carbohidratos, além de promover nutrição inadequada, é fator de risco para o aparecimento da cárie radicular;
  • O tratamento preventivo, através de orientações educativas aos cuidadores e/ou familiares e ao idoso independente, numa abordagem interdisciplinar, é o meio mais adequado de terapêutica;
  • No caso das lesões cariosas já instaladas, podemos ainda optar por métodos conservadores, como fluorterapia (bochechos, géis, dentifrícios, balas ou pastilhasque liberem flúor) ou odontoplastia;
  • O amálgama de prata, as resinas compostas e os cimentos de ionômero de vidro seriam indicados conforme a necessidade prioritária do caso, respectivamente: durabilidade, estética e grau de risco;
  • A não observação de desarmonia de oclusão e de abfração presentes, mais a não eliminação do fator causal, id est, o ajuste oclusal, pode induzir ao insucesso do tratamento restaurador, podendo provocar deslocamento da restauração, independente do material escolhido e da retenção conferida ao preparo cavitário.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

LAMENTOS DE UM MOLAR




Meu pensamento vagueia, às vezes sinto como se o que passei fosse apenas uma ilusão, lembranças antigas me vêm e me fazem sofrer. Sofrer?, Sim sofrer, as dores me consomem. As dores causadas pelo descaso de quem deveria ter cuidado de mim.
Meu nome é primeiro molar inferior esquerdo, mais conhecido por 36, isso, doravante serei apenas um número: 36.
Quando nasci, cheguei como todos os novatos: cheio de esperança, de certeza que teria uma vida feliz, seria bem cuidado, viveria limpo, receberia flúor, teria um carinho de um fio dental sendo passado em meus lados. Vocês não imaginam como é gostoso um fio dental roçando na face mesial ou distal de um dente, dá uma coceirinha gostosa, mas isso, eu senti apenas uma vez.
Sendo eu um elemento dental importante, não que os outros não o sejam, mas reconheço a minha importância, pois sou também conhecido como chave de oclusão. Não é à toa que eu e meu irmão – o 46 – somos os primeiros elementos permanentes a surgir na boca da criança, nós somos a garantia de uma boa oclusão, mas para realizarmos nosso trabalho com eficiência precisamos de cuidados básicos e simples, ou seja  precisamos de higiene.
Confesso que fui um pouquinho prematuro, talvez com a pressa de começar meu trabalho, cheguei uns dias antes de meu irmão, então pude vê-lo erupcionando, rompendo a gengiva, radiante, também cheio de esperança, de sonhos de que teria uma vida feliz e contribuiria para a saúde do corpo onde nascera. Mas em poucos dias aconteceu algo estranho, inesperado por nós. Algumas bactérias se alojaram nas cicatrículas e fissuras de meu irmão, ele ficou esperando por uma escova que não veio, e as bactérias grudaram e começaram a aumentar, a multiplicarem-se como uma praga, sufocando meu irmão. Pobre 46 começou a sentir-se doente, a gengiva que o protegia ficou vermelha, começou a sangrar, ele esperando por socorro que não chega, continuou sem receber um banho decente. Em poucos dias seu quadro se agravou, a infecção atingiu o periodonto onde ele se alojava, sentia-se cada vez mais fraco, as dores eram terríveis.
Eu do meu lugar via o sofrimento do 46 sem nada poder fazer, sofria junto torcendo por sua recuperação, de repente, uma luz forte veio sobre nós, uma agulha penetrou na gengiva próximo ao 46, e outra e mais outra agulha, a dor parou, 46 ficou esquisito, parecia dopado. Eu fiquei a observar curioso e temeroso, seria a cura? Teriam resolvido cuidar do meu irmão? Que nada, de repente o vi ser pego por uma ferramenta e violentamente arrancado de sua morada deixando apenas um buraco e o sangue que jorrava do mesmo. Meu irmão pagou com a vida o descaso de uma pessoa que não lhe deu o devido valor.
Agora o medo me domina, já não sinto alegria, a certeza está nebulosa, não confio mais no futuro. Começo a sentir coisas estranhas, talvez seja apenas o pavor que toma conta de mim, pois algumas bactérias, que a meu ver são verdadeiros monstros aproximam-se, começam a invadir minhas cicatrículas e fissuras. Terei eu o mesmo destino? Serei violentamente arrancado do meu lugar? Quando entenderão a importância de um dente? Quando nos verão como órgão que somos? Não somos descartáveis, sem nós todo o organismo sofre. Mas até que aprendam isso, o que me resta é o medo e meus lamentos.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

odontogeriatria


Odontogeriatria
Especialidade da odontologia que trabalha com pacientes com mais de 60 anos, que tem como objetivo a integração social, psicológica, funcional e preventiva de doenças bucais que podem aumentar os riscos de doenças sistêmicas em idosos.

Essas doenças acontecem durante o processo de envelhecimento, como, por exemplo, a osteoporose, artrite, artrose, diabetes, incluindo, nessa categoria, os problemas cardiovasculares e endócrinos. Não podemos esquecer das doenças crônicas neurodegenerativas que atingem a terceira idade, como mal de Alzheimer, demências e doença de Parkinson. Daí a importância da especialidade. Estes idosos também estão retendo seus dentes e necessitam de cuidados especiais e de profissionais especializados para lidar com essas doenças”.
Cuidados especiais
Existem quatro categorias de idosos: os independentes, os parcialmente dependentes, os totalmente dependentes e os paliativos (pacientes cuja ciência já esgotou seus recursos). Problemas como hipertensão arterial, diabetes e doenças cardíacas são comuns nessa fase da vida e podem resultar em complicações sérias se não forem levadas em conta. Por isso mesmo, médicos e dentistas devem manter um diálogo freqüente, pois, no caso de cirurgia, por exemplo, o dentista deve comunicar ao médico e se informar sobre o estado geral de saúde do paciente.
Prevenção e dieta
A importância dos dentes nos dias atuais, também vai além da mastigação, pois interferem também na fonética. Além disso, a sociedade moderna não mais aceita o desdentado ou pessoas com estética facial alterada por dentes mal-cuidados ou ausentes.
A higienização diária e a visita regular ao dentista (de 6/6 meses) são fatores decisivos na manutenção da saúde bucal como um todo, evitando assim as doenças orais crônicas presentes no idoso: cáries de raiz, xerostomia (boca seca), atrição/abrasão (bruxismo), lesões da mucosa oral (candidíases, leucoplasias, etc), câncer oral, doenças periodontais, entre outras.
A dieta também é de extrema importância e deve ser à base de carnes, frutas, verduras, legumes, cereais e fibras. Deve-se evitar o consumo de doces e refrigerantes.
O periodonto, que engloba as estruturas de suporte do elemento dental, pode, com a idade, sofrer um decréscimo no seu conteúdo de fibras, mas não há uma correlação clínica positiva e somente sob condições patológicas adversas (placa, cálculo, trauma oclusal, por exemplo).

A 
função imune, que pode variar muito entre as pessoas de 3ª idade, sofre com o tempo de vida uma perda funcional que compromete, por exemplo, a resistência às infecções, também pela diminuição da capacidade reprodutiva das células T, criadas no início da adolescência. Nos anticorpos IgG, IgA e IgM dos idosos observa-se um decréscimo do número encontrável na saliva.
Em função das alterações neuro-musculares associadas ao envelhecimento, mudanças na ingestão de alimentos podem ocorrer como a aspiração, mastigação incompleta, refluxos ou inalação dos mesmos.
A tonicidade da musculatura da língua é outro aspecto que acaba por criar mais um fator de readaptação das pessoas idosas, para conseguirem que o bolo alimentar possa atingir o estômago de forma mais adequada.
Mas não foi obtida uma correlação da idade com a capacidade gustativa, por ser esta um fenômeno complexo que envolve a sensibilidade olfativa, tátil e a capacidade cognitiva, como, por exemplo nos alimentos salgados, onde a condição gustativa da ponta da língua era maior nos jovens que nos idosos.
O decréscimo do fluxo salivar com a idade é um fato comprovado por diversos estudos (e suas implicações diretas com a capacidade de adaptação às próteses e as decorrentes queixas dos pacientes idosos após suas instalações) e que pode ser enormemente potencializada pelas medicações (e suas interações) já que o idoso acaba por usar diferentes fármacos no seu dia-a-dia.
Outro aspecto geralmente observado no idoso é a halitose, muitas vezes citada pelo paciente como tendo origem odontológica. Após um programa de limpeza da cavidade bucal, higienização e bochechos com clorhexidina, se não forem observadas melhoras, deve-se procurar por causas esofágicas ou gastrointestinais.
O fato de não ter seus dentes tratados, ou a ausência de Prótese Total ou de uma Prótese Parcial Removível adequada, aguça um sentido de mutilação que é característico da idade avançada. Seja na família, no trabalho ou nos ambientes sociais, o idoso não deve ter restrições de sorrir, falar ou selecionar alimentos adequados à sua condição funcional de mastigação.
Há uma diminuição natural na secreção dos sucos gástricos com a idade, por isto o preparo correto do bolo alimentar na boca é primordial.

A moderna prática da Odontologia com a geriatria comunga dos mesmos ideais da Medicina em tornar o idoso um ser feliz em uma fase tão importante de sua vida, mantendo ou restabelecendo a vital integridade do Sistema Mastigatório.

sábado, 15 de setembro de 2012

PRÓTESE FIXA



É a restauração parcial ou total da coroa de um dente. Ao ser fixada sobre os dentes do paciente, previamente preparados para recebê-la, reabilita-o para mastigar, falar ou sorrir. Recebe o nome de "fixa" porque não pode ser removida pelo paciente ou pelo dentista, a menos que este a corte com o uso de brocas especiais.

As próteses fixas podem ser só metálicas; metálicas revestidas por um material estético plástico ou cerâmico, da cor dos dentes; de cerâmica; e, finalmente, de resinas ou plásticos especiais.

A durabilidade de uma prótese fixa depende de vários fatores:

1 - de um bom exame e planejamento prévios;
2 - da técnica e dos materiais utilizados;
3 - da fineza da adaptação da prótese aos dentes;
4 - da boa relação da prótese com os tecidos gengivais;
5 - da justeza da sua oclusão, isto é, da sua harmonia com a função mastigatória. Tudo isso vai depender do grau de especialização do dentista e do seu protético, das condições de trabalho que o paciente oferece ao seu dentista e dos seus cuidados de manutenção da saúde bucal, para que a prótese dure mais de cinco anos, que é a vida média das próteses fixas.

Por princípio, o melhor elemento de suporte é aquele dente o mais íntegro na sua estrutura e com as gengivas e a polpa sadias. Porém, se há dúvidas quanto à saúde da polpa, indica-se o tratamento de canal, assim como para aqueles dentes que serão usados como suportes de ponte fixa mas estão muito inclinados, e o corte para ajustá-los ao eixo de inserção da prótese seria muito grande e danoso à integridade pulpar. Um bom tratamento de canal para esses casos evitaria problemas futuros que poderiam diminuir a durabilidade da prótese.

As próteses fixas unitárias, quando bem desenhadas e bem adaptadas marginalmente, comportam-se como dentes naturais na sua limpeza e exigem do paciente os mesmos cuidados: boa escovação na técnica e no tempo corretos, complementada pelo uso do fio ou fita interdental. Os portadores de pontes fixas necessitam de dispositivos especiais: passadores de fio dental, ou fios com a ponta endurecida, para a limpeza dos espaços protéticos.

O que justifica ser tão cara?

O preço que às vezes parece elevado tem por justificativa o tempo de mão-de-obra clínica e laboratorial; a mão-de-obra especializada clínica e laboratorial: cada dentista ou protético tem o seu valor pelos critérios de qualidade final de sua prótese, fundamentados em seu conhecimento adquirido em estudos e muitos cursos, e em sua destreza e habilidade; e o valor dos materiais, equipamentos e processos necessários para a execução de qualquer prótese fixa.

Geralmente a prótese fixa oferece um bom resultado estético. Mas há casos de grande perda óssea que dificultam a obtenção de uma estética excelente. Nesses casos, o tratamento tem como primeiro objetivo restabelecer a função da mastigação; como segundo, a durabilidade e, em terceiro lugar, a estética.

Durante o tempo de execução de um prótese fixa, o paciente deve receber uma prótese provisória fixada com cimento de baixa resistência, possibilitando-o a mastigar, falar e sorrir, satisfatoriamente, durante o tratamento.




quinta-feira, 6 de setembro de 2012

ALVEOLITE


É a infecção ou a inflamação do alvéolo, que é a parte do osso mandibular ou maxilar onde se aloja o dente. Esta doença também é conhecida como Osteíte pós-operatória. Os tipos de alveolite são a seca e a purulenta (com pus); Na seca devido à ausência de coágulo de sangue após a extração do dente, normalmente de difícil manobra cirúrgica, ou quando há fratura durante o ato, o alvéolo fica “seco”. Já na purulenta acontece, quase sempre, posterior à alveolite seca devido à infecção do alvéolo, com produção de secreção purulenta.

Sintomas

alveolite.jpgA alveolite purulenta deixa um odor muito forte devido à presença do pus. A alveolite seca dói muito porque as terminações nervosas do alvéolo ficam expostas, a simples passagem do ar aspirado já é suficiente para causar muita dor.

Causas da alveolite

  1. Alveolite Seca
    1. Falta de ponto cirúrgico, após a extração do dente, propiciando a perda do coágulo mais facilmente.
    2. O bochecho feito pelo paciente nas primeiras 24 horas após a extração do dente, fazendo com que, remova a proteção natural do alvéolo representada pelo coágulo do sangue.
    3. Dentes fraturados durante a extração.
  2. Alveolite Purulenta
    1. Pode ser ocasionada quando o alvéolo for manipulado pelo profissional com instrumento não esterilizado.

Prevenção

O Profissional deve cuidar rigorosamente da higiene nos procedimentos cirúrgicos, observar o estado geral da pessoa atendida e proceder às corretas manobras de manipulação cirúrgica do alvéolo do dente que está sendo tratado. O paciente também deve seguir rigorosamente o que for recomendado pelo profissional, o que evita ou minimiza os efeitos dessa infecção, que é perfeitamente controlável.

Tratamento

Na alveolite purulenta, é preciso eliminar os efeitos da infecção ingerindo antibióticos especificamente indicados para o caso, bem como fazer bochecho com medicamentos que contenham malva ou com a própria erva, para acelerar a recuperação e diminuir o odor causado pela fermentação de detritos e da presença de pus. Na alveolite seca, a primeira providência do paciente será de usar analgésico, respeitando as características de cada pessoa e suas limitações medicamentosas. O dentista pode fazer uma manobra para isolar o interior do alvéolo do meio bucal, impedindo a entrada de detritos alimentares e a conseqüente fermentação.

texto extraído de : http://www.bolivar.odo.br