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sábado, 12 de fevereiro de 2011

PLACAS DESPROGRAMADORAS

FACULDADE ODONTOLOGIA DE MANAUS







ANDERSON JOSÉ MATOS DE ALMEIDA







PLACAS DESPROGRAMADORAS







MANAUS-2010
ANDERSON JOSÉ MATOS DE ALMEIDA






PLACAS DESPROGRAMADORAS






Trabalho apresentado ao curso de Graduação da Faculdade de Odontologia de Manaus, como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina de clínica integrada I.
Orientador: Prof. Dr. Osvaldo Shirata.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 2
REVISÃO DA LITERATURA 3
DISCUSSÃO 5
CONCLUSÃO 8
REFERËNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9





MANAUS-2010

INTRODUÇÃO

Disfunções temporomandibulares, desoclusões e ate problemas periodontais quando causados por estresse sobre o periodonto, podem ser diminuídos ou mesmo eliminados com o uso de placas oclusais, desde que haja uma correta avaliação e planejamento adequado do caso.

REVISÃO DA LITERATURA

Em 2005, SIMA e colab., fazem um estudo comparando a severidade dos sinais e sintomas das desordens craniomandibulares em 25 pacientes edentados parciais inferiores submetidos a tratamento por meio de placas interoclusais, uso noturno. As observações clínicas consistiram no exame da sensibilidade dolorosa muscular e da ATM, na auscultação dos ruídos articulares e no registro dos movimentos mandibulares. Após análise estatísticas concluiu-se que os pacientes apresentavam um grau de severidade maior das desordens craniomandibulares antes do uso da placa interoclusal

MACHADO e colab. (2007), através de uma revisão de literaturas avaliam que a placa oclusal pode ser indicada em periodontia, uma vez que uma oclusão ajustada diminui o estresse sobre o periodonto. Para um diagnóstico periodontal são analisadas: o grau de mobilidade dental e a presença de maloclusão ou patologias oclusais. As placas visam proteger dentes, o ligamento periodontal e ATM, distribuindo de forma equilibrada, as forças, tensões e contatos oclusais.

PÁDUA e colab. (1998) descrevem uma forma rápida e precisa de confecção de placa miorrelaxante, visando o mínimo de ajuste por parte do cirurgião dentista. No laboratório, são removidas as retenções das bases dos modelos de gesso, confecciona-se guias de orientação nas bordas lateral anterior e posterior do modelo superior. Com os modelos montados em ASA, faz-se a delimitação da área a ser ocupada pela placa, onde se faz a escultura da mesma, polimeriza-se de maneira convencional, o modelo é recolocado no articulador para o ajuste oclusal com broca freza.

ZUIM e colab. (2008) revisam literaturas abordando os diferentes tipos de placas e suas finalidades. As placas interoclusais tratam sinais e sintomas relacionados às DTMS e fazem proteção dentária em casos de bruxismo. As placas estabilizadoras de cobertura total aliviam dores musculares causadas por hábitos parafuncionais, proporcionando uma oclusão funcional por apresentar superfície plana que estabelece contatos. As placas de estabilização são utilizadas como meio de diagnóstico em caso de desarmonias oclusais. As placas frontais são empregadas para o controle de espasmos musculares e trismo. As placas reposicionadoras são indicadas em casos de ruídos articulares devido ao deslocamento anterior do disco.

TURCIO e colab. (2008) avaliaram a sensibilidade dolorosa dos músculos masseter e temporal anterior por meio de palpação digital, antes e após o uso de placas interoclusais resilientes e rígidas. Foram selecionados 10 pacientes dentados com dor muscular e bruxismo, avaliados por meio de anamnese e exame físico. Todos os pacientes receberam como forma de tratamento uma placa interoclusal. Cinco receberam placa resiliente e cinco receberam placa de resina acrílica prensada.

DISCUSSÃO

PLACAS INTEROCLUSAIS NO TRATAMENTO DE DORES DA ATM.
Em 2005, SIMA e colab fazem um estudo comparando a severidade dos sinais e sintomas das desordens craniomandibulares em pacientes edentados parciais inferiores submetidos a tratamento por meio da utilização de placa interoclusal, uso noturno. As placas interoclusais foram confeccionadas sobre modelos de gesso obtidos a partir de moldagens das arcadas superior e inferior dos pacientes. Os modelos foram montados no articulador semi-ajustável e a placa interoclusal encerada e acrilizada. Os contatos bilaterais simultâneos foram ajustados, assim como as guias de lateralidade e protrusiva. As observações clínicas consistiram no exame da sensibilidade dolorosa muscular da ATM, na auscultação dos ruídos articulares e no registro dos movimentos mandibulares. Após análise estatística conclui-se que os pacientes apresentavam uma prevalência significantemente maior no grau de severidade das desordens craniomandibulares antes do uso da placa interoclusal, e que um exame clinico minucioso e o correto planejamento e indicação desse tipo de aparelho são fatores importantes no sucesso do tratamento.

PLACA OCLUSAL NO TRATAMENTO PERIODONTAL.
MACHADO e colab. (2007) através de uma revisão da literatura avaliam que a placa oclusal pode ser indicada em periodontia, ajustando a oclusão e diminuindo o estresse sobre o periodonto. As placas visam proteger dentes, ligamento periodontal e ATM, distribuindo as forças, tensões e contatos oclusais. A redistribuição das forças entre todos os dentes diminui a mobilidade dentária. A análise no uso de placas de mordida resiliente ou rígidas em pacientes constatam uma eficiência maior na placa noturna rígida, pois a mesma inibe certos movimentos mandibulares. De acordo com a literatura analisada, pode-se concluir que˸
1. A placa oclusal mais indicada em periodontia é a de consistência rígida e superfície oclusal plana, devidamente ajustada do ponto de vista dos contados oclusais e guias.
2. A placa oclusal pode ser utilizada durante a fase de procedimentos básicos, podendo ter seu uso estendido ate a fase de complementação oclusal.
3. A placa oclusal pode beneficiar o periodonto em algumas situações de sobrecarga, distribuindo de maneira equitativa as forças oclusais excessivas e eliminando a memória proprioceptiva parcial ou total sobre ele.

CONFECÇÃO DE PLACA NO LABORATÓRIO
PÁDUA e colab. (1998) descrevem uma forma rápida e precisa para confecção de placa miorrelaxante em laboratório. Removem-se as retenções das bases dos modelos de gesso e confecciona-se guias de orientação nas bordas laterais, anterior e posterior do modelo superior. Com os modelos montados em ASA, faz-se a delimitação da área a ser ocupada pela placa, onde se faz a escultura da mesma. Após a polimerização o modelo é recolocado no articulador para prosseguir ao ajuste oclusal como auxilio de broca fresa, até serem constatados contatos em todos os dentes1 em relação Centrica. Após o ajuste, a placa é removida do modelo e polida. A montagem do modelo superior pela técnica do modelo dividido agiliza os procedimentos laboratoriais. A possibilidade de voltar o modelo ao articulador após a acrilização para confirmar os contatos obtidos, diminui o tempo clínico do dentista e tempo de cadeira do paciente.

PLACAS OCLUSAIS E SUAS FINALIDADES
ZUIM e colab. (2008) revisando literaturas, abordem os diferentes tipos de placas e suas finalidades. As placas interoclusais são utilizadas no tratamento de sinais e sintomas relacionados às DTMS e proteção das estruturas dentárias em casos de bruxismo. As placas estabilizadoras de cobertura total aliviam dores musculares e problemas oclusais. As placas frontais controlam espasmos musculares e trismo, seu emprego é indicado apenas em situações emergenciais. As placas reposicionadoras são indicadas em casos de ruídos articulares devido ao deslocamento anterior do disco. A escolha das técnicas de confecção de placa depende de cada situação clinica. O material adequado para a confecção de placas deve proporcionar conforto ao paciente, facilitar o ajuste oclusal e ter baixo custo. De acordo com a literatura consultada˸
• Resinas acrílicas autopolimerizáveis seriam viáveis para utilização em curto período.
• Placas de cobertura parcial estão indicadas somente em situações emergenciais e em curtíssimo espaço de tempo.
• Materiais resilientes4 não devem ser considerados na terapia de DTM, mas apenas para protetores bucais.
• Na confecção de placa, os modelos devem ser montados em articulador, em máxima intercuspidação.
PLACA OCLUSAL NA REDUÇÃO A SENSIBILIDADE DOLOROSA
TURCIO e colab. (2008) avaliaram a sensibilidade dolorosa dos músculos masseter e temporal anterior por meio e palpação digital, em pacientes com dor muscular e bruxismo, antes e após o uso de placa interoclusal resiliente e rígida. Cinco pacientes receberam placa resiliente que não receberam ajuste, e cinco receberam placas de resina acrílica, as quais foram ajustadas de forma a manter os contatos oclusais bem distribuídos. Os resultados demonstraram que ambos os tipos de placas reduziram a sensibilidade de dor a palpação digital e a um aumento do limiar da dor ̕a pressão. Pode-se concluir do estudo piloto que˸
• Ambas as placas analisadas levaram a uma diminuição da sensibilidade a palpação e a um aumento do limiar da dor.
• Após duas semanas de uso, houve aumento significativo no limiar da dor do musculo masseter nos dois grupos estudados, entretanto no musculo temporal o aumento do limiar ocorreu após uma semana, mantendo-se similar após duas semanas de uso, para ambos os grupos.
• São necessários estudos por períodos mais longos para a verificação da durabilidade dos efeitos de ambas as placas, uma vez que as placas resilientes sofrem deformação mais rapidamente que as rígidas.

CONCLUSÃO

Com base nos dados coletados na revisão da literatura é possível concluir que muitos problemas oclusais podem ser eliminados com uso de placas oclusais, seja elas resilientes ou rígidas, sendo as de consistência rígida geralmente as mais indicadas devido a uma maior durabilidade. Cabe ao CD indicar a placa mais adequada para cada caso.

REFERËNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. MACHADO, E. M.; CONDE, M. C.; CARVALHO, C. V.; MICHELI, G.; LOTUFO, R. F. M.; ROMITO, G. A., O uso de placas oclusais como coadjuvante do tratamento periodontal, Revista de Odontologia da Universidade de São Paulo, 19(20˸201-208, mai-ago.,2007.


2. P̕ADUA, A. S.; ALMEIDA, C.; SANTOS, E.; ALVES, J. M. P.; OLIVEIRA, M. B.; KAKIDA, P. K., PLACAS MIORRELAXANTES˸ CONFECÇÂO E AJUSTE NO LABORATORIO, R. Un. Alfenas, (4):49-53,1998.


3. SIMA, F. T. & GIL, C., Estudo comparativo do grau das desordens craniomandibulares em pacientes edentados parciais antes e após a utilização de placas oclusais, RPG Rev. Pós grad, 12(2):179-85,2005.


4. TURCIO, K. H. L.; ZUIM, P. R. J.; SOUZA JÚNIOR, O. B., EFEITO DE PLACAS INTEROCLUSAIS RÍGIDA E RESILIENTE NO TRATAMENTO DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES: ESTUDO PILOTO, Revista Odontológica de Araçatuba, 29(2)30-35,2008.


5. ZUIM, P. R. J.; GARCIA, A. R.; COSTA, P. S.; TURCIO, K. H. L.; ZAZE, C. A., COMO FAZER PLACAS INTEROCLUSAIS? ALGUNS ASPECTOS A SE CONSIDERAR, Revista Odontológica de Araçatuba, 29(2):40-45,2008.